Inovações Pedagógicas
A obra educativa La Salle entende a educação como um processo de ensino-aprendizagem onde os alunos são os principais protagonistas da sua própria formação e crescimento pessoal. Mediante a Aprendizagem Cooperativa e através do desenvolvimento de Projetos, que estimulam e desenvolvem as capacidades de cada aluno, implementamos pedagogias inovadoras que são monitorizadas com processos que asseguram o acompanhamento, a avaliação e a sua consequente melhoria contínua.
Nos dias de hoje, a escola e os professores não podem ser meros reprodutores das políticas centralmente definidas. Existe a necessidade de conjugar as políticas nacionais, com medidas delineadas a nível local para criar condições de sucesso para os alunos. É de caráter urgente a capacidade de resposta da escola face à sociedade de hoje, cada vez mais individualista e competitiva. O desafio da escola, como instituição, é o de construir cidadãos responsáveis, autónomos e com valores.
No sentido da configuração de uma nova forma de funcionamento do Colégio La Salle, capaz de dar resposta aos desafios da sociedade moderna e às necessidades dos alunos, seguindo o exemplo de outros centros La Salle, tem-se implementado a Aprendizagem Cooperativa no Colégio.
Pretende-se a adoção de uma nova pedagogia que privilegie a capacidade de atuar e organizar o conhecimento individual e coletivamente em função dos problemas e questões que se reinventam permanentemente, processar informação e aplicá-la a novas situações. É uma alternativa pedagógica que valoriza o papel dos pares no processo de ensino – aprendizagem, a promoção de competências sociais e a satisfação de objetivos individuais numa relação de interdependência e reciprocidade positivas.
Desta forma, através da implementação desta metodologia, e à luz da filosofia da Aprendizagem Cooperativa, a escola pretende melhorar o percurso escolar dos discentes, elevando o nível e a qualidade do processo educativo para elevar os níveis de sucesso. Para conseguir atingir estes objetivos foram criadas várias estruturas que possibilitam a aplicação prática de todos estes pressupostos, nomeadamente: Metodologia de Recompensa; Grupos formais de trabalho cooperativo; Assembleias de Turma e de Ano e ainda a generalização da utilização de técnicas cooperativas no desenvolvimento de vários conteúdos programáticos, nas diversas disciplinas.
A metodologia de recompensa surgiu para dar resposta à necessidade sentida por todos os professores de criar nas salas de aula um ambiente favorável à aprendizagem baseada na responsabilização pessoal e dos pares. Desta forma, no final de cada semana os alunos são recompensados de acordo com o seu desempenho em vários aspetos, tais como: responsabilidade, competências sociais e trabalho cooperativo.
Os Diretores de Turma são os principais dinamizadores desta dinâmica, promovendo as condições essenciais para o correto funcionamento dos grupos cooperativos: a interdependência positiva, a responsabilidade individual e de grupo, a interação face a face, as competências sociais e a avaliação do processo de grupo.
A implementação da metodologia será coordenada por uma equipa de docentes, a qual se reunirá semanalmente e coordenará as reuniões de formação da equipa educativa, apoiando os docentes na sua implementação.
A Aprendizagem Cooperativa está perfeitamente de acordo com a Pedagogia Lassalista uma vez que privilegia a cooperação, a ajuda e a responsabilização pessoal e de grupo como chaves para o sucesso, criando nos alunos competências que lhes permitem interagir de forma eficaz com os seus pares.
O projeto “HARA” (palavra japonesa que significa ventre e se considera como o centro do equilíbrio físico, psíquico e espiritual da pessoa) é um Projeto Educativo que trabalha a interioridade, lugar onde nascem todos os valores do Caráter Próprio das escolas La Salle.
Sobre o significado da palavra interioridade, o mais simples seria procurar no dicionário o seu significado. Mas depois de feita uma busca deparámo-nos com uma definição insuficiente, detetámos que a palavra interioridade aparece reduzida ao aspeto psicológico, mental, invertendo o sentido que lhe queremos dar: a vida interior, definida como sendo aquilo que cada pessoa conhece de si mesmo, constrói e dá sentido à sua vida.
Assim, propomos outro caminho para encontrar o seu significado. Se, como parece ser, a interioridade é algo presente desde o início da reflexão acerca do ser humano sobre si mesmo, a trajetória deve começar no momento onde, por qualquer motivo, se possa ter perdido essa reflexão. Tendo consciência desse momento será mais fácil recuperar a direção original e ajustá-la às circunstâncias de hoje.
Para isso, seguem-se dois grandes objetivos:
– Unificação das dimensões da pessoa.
– Construção da unidade com os outros, o mundo e Deus.
O Projeto será coordenado por uma docente que, conjuntamente com os outros docentes, planificará e implementará as várias sessões que possam dar resposta aos dois grandes objetivos preconizados.
Tendo por base a valorização das línguas estrangeiras enquanto veículos de identidade global e multicultural e de facilitação do acesso à informação e à tecnologia, criou-se uma parceria iniciada no ano ano letivo 2019/2020 com Cambridge University Press tendo em vista a operacionalização de um projeto de Inglês integrador.
Este projeto é um fio condutor sólido, onde se faz a incorporação da filosofia de sala de aula da Cambridge Learning Journey, fomentando uma aprendizagem natural da língua, com um desenvolvimento constante das competências que devem ser desenvolvidas durante toda a vida.
Assim, a escola reforçou a carga letiva da disciplina de inglês, de forma a poder trabalhar com base nesta metodologia, adotando manuais específicos da Cambridge University Press e facultando formação linguística e/ou pedagógica aos seus professores.
Com esta metodologia, os alunos veem aumentado o seu nível de proficiência linguística, permitindo-lhes obter o certificado oficial de Cambridge, reconhecido internacionalmente
Projeto de Educação para a Justiça e Solidariedade
A educação para a justiça é uma dimensão basilar em qualquer escola La Salle, pois acredita-se que as nossas obras educativas só têm razão de ser se nelas se educar claramente a favor da Justiça. Este é um critério que nos obriga a repensar constantemente a nossa forma de educar.
Este Projeto tem como principal finalidade desenvolver em toda a comunidade educativa o sentido de Justiça Social, abrindo os olhos para a realidade, fazendo uma leitura crente da mesma para que depois se possa intervir nela.
Projeto Leitor
O domínio da linguagem, e especialmente do ato leitor, é um pilar básico para a educação do ser humano. Se as crianças e os jovens não aprendem nem desfrutam lendo, todas as aprendizagens escolares posteriores ficarão seriamente comprometidas.
O Projeto Leitor pretende que todos os elementos do corpo docente transportem para o âmbito da sua atividade letiva mecanismos e ferramentas que ajudem à concretização de uma leitura, essencialmente compreensiva, dos diferentes discursos com que os alunos se vão deparando, ao longo do ano letivo.
Projeto de Educação para a Saúde
Em contexto escolar, educar para a saúde consiste em dotar as crianças e os jovens de conhecimentos, atitudes e valores que os ajudem a fazer opções e a tomar decisões adequadas à sua saúde e ao seu bem-estar físico, social e mental, bem como a saúde dos que os rodeiam, conferindo-lhes assim um papel interventivo.
O Projeto de Educação para a Saúde/Sexualidade visa, portanto, dotar a comunidade educativa do colégio de conhecimentos, atitudes e valores que a ajude a fazer opções e a tomar decisões adequadas à sua saúde, através de diversas iniciativas individuais ou em parceria com outras instituições, de acordo com os objetivos traçados.
Os DAC têm por base os princípios, a visão e os atores definidos no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Ao definir os DAC, são tidos em consideração os seguintes aspetos: a articulação disciplinar, que se concretiza na existência de elos fortes entre disciplinas que trabalham diretamente ou em simultâneo e em remissões para outras disciplinas quando existe precedência de conhecimentos ou de procedimentos; o trabalho colaborativo, espelhado no tipo de atividades apresentadas que podem incluir trabalho entre pares de uma turma, de turmas diferentes da mesma escola ou mesmo de turmas de escolas distintas; os valores de cidadania, reconhecidos nas orientações curriculares e que são muitas vezes o mote para a conceção das atividades, pela sua natureza transversal e por conferirem um sentido especial às aprendizagens.